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terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Vivendo em um mundo de magia e fantasia

Se alguém me perguntar qual é o meu gênero preferido de literatura e de filmes, eu responderei sem a menor hesitação: FANTASIA! Sempre foi e provavelmente sempre será (só pra esclarecer, pra mim fantasia é relacionado com magia, então as coisas sci-fi quase nunca me agradam). Me lembro que quando era criança  meu filme preferido era A História Sem Fim que pra mim até hoje é um dos maiores clássicos filmes de fantasia infantil já feitos na história. Eu o assistia várias vezes e garanto que até hoje eu sei todos os diálogos de cor.

Quando eu entrei na adolescência e entrei pra minha fase gótica tr00 666 from hell, eu também cismei que era uma bruxa e que eu poderia fazer coisas acontecerem com poções e feitiços. Nessa mesma época um filme entrou em cartaz que representava tudo que eu era e eu imediatamente me apaixonei por ele, esse filme era Jovens Bruxas. Durante longos anos esse filme se tornou o meu favorito e assim como no passado, eu o assisti inúmeras vezes e também decorei todas as falas do filme.

Nessa mesma época eu comecei a virar uma grande "bookworm" e vivia na biblioteca estadual de BH. Lá eu pegava inúmeros livros, a maioria de fantasia. Por volta dos 13 anos eu me deparei com o que pra mim é o melhor livro de fantasia já escrito no mundo, O Senhor dos Anéis. Esse livro traduz tudo que a magia e a fantasia representa pra mim. Imediatamente esse se tornou meu livro favorito e ainda hoje é o livro que mais li em minha vida, li a primeira vez por volta dos 13 anos, depois por volta dos 16 anos mais umas 4 vezes depois disso.

Quando eu estava no final da minha adolescência e atingindo a vida adulta um filme entrou em cartaz que mudou a minha concepção de cinema, o filme era baseado no meu livro preferido, Senhor dos Anéis. Nem preciso dizer que a trilogia se tornou a minha preferida e provavelmente será pro resto da minha vida! Eu costumo definir minha vida como fã de cinema como Antes de SdA e Depois de SdA. 

Nesse mesmo ano eu assisti pela primeira vez Harry Potter e a Pedra Filosofal. Eu sei que os livros começaram a ser escritos uns 3 anos antes do filme sair, mas eu nunca tinha ouvido falar neles, não fazia idéia de quem era J.K. Rowling e nem do porque de tanta comoção com o filme. Tanto que eu nem assisti no cinema, eu só vi o filme porque estava na casa de amigos e eles alugaram o filme pra gente ver. Apesar do primeiro filme ser bem infantil, eu me apaixonei pela temática, pela história, pela mitologia e todo o mundo de Harry Potter e sua vida em Hogwarts. Depois disso passou a ser meu sonho ter estudado naquela escola maravilhosa, sempre me perguntei se a coruja que estava trazendo minha carta se perdeu no caminho hahaha. Enfim, depois desse primeiro filme, eu passei a ver todos os outros no cinema e fui correr atrás de ler os livros. Eu acho o universo que a Rowling criou pra Harry Potter quase tão perfeito quanto o universo que Tolkien criou pra O Senhor dos Anéis. 

Anyway, agora finalmente o porque desse post tão grande sobre o mundo da magia e fantasia. Em dezembro do ano passado (depois de ter visto a primeira parte do ultimo filme) eu resolvi começar a ler a saga de Harry Potter em holandês (meu marido tem todos os livros) e semana passada eu finalmente terminei de ler o primeiro livro e agora estou lendo o segundo. E em dezembro eu ganhei do meu amore a versão estendida dos filmes do Senhor dos Anéis, depois de quase uma década esperando pra ter essa versão especial dos filmes. Então além de cenas que ainda não tinha visto na trilogia, eu ainda tenho assistido aos vários extras sobre os filmes, o que me faz amar ainda mais não só a história criada por Tolkien mas também o diretor Peter Jackson por ter transformado algo tão bonito em algo ainda melhor. A obra ficou completa com um livro perfeito, filmes perfeitos e uma trilha sonora incrível. 

Enfim, no último mês eu estou literalmente vivendo submersa num mundo maravilhoso cheio de magia e fantasia que eu realmente gostaria que fosse de verdade. Aiai, eu acho que a criança dentro de mim continua viva por causa disso....

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Férias forçadas...

Quem segue esse blog sabe que desde que me mudei pra Bélgica em novembro de 2009, eu estou sem trabalhar. Primeiro porque eu estava irregular por aqui e não queria mais fazer faxina e nem baby sitting (acho que quase dois anos disso foi suficiente) e depois que eu me regularizei eu comecei um curso intensivo de holandês o que ocupava a maior parte do meu tempo e eu não dei prioridade à trabalhar por achar que aprender a língua era mais importante, afinal só assim eu poderia entrar pra faculdade e finalmente poder trabalhar no que gosto em vez de ficar o resto da vida em empregos que odeio só por causa do dinheiro.

Eu comecei a trabalhar muito cedo na vida, apesar de minha mãe sempre ter nos dado de tudo que era essencial, ela sempre me ensinou que o supérfluo (como cd's, shows,  passeios, lanches, etc.) eu tinha que conquistar, seja com tarefas da casa ou com meu próprio dinheiro. Como eu odiava as tarefas da casa, eu fui correr atrás do meu próprio dinheiro. E assim eu iniciei meu primeiro trabalho remunerado, eu era babá da minha sobrinha enquanto minha irmã estava no trabalho. Na época eu tinha 14 anos e minha sobrinha tinha um pouco mais de 1 ano. Minha responsabilidade era alimentá-la nas horas certas,  trocar fraldas, colocá-la pra dormir durante a tarde e mantê-la a salvo e entretida até as 17h quando minha irmã chegava em casa. Super simples e melhor pra todo mundo, afinal eu sempre amei muito minha sobrinha e seria bem melhor pra ela e ter a tia como babá do que alguém estranho. Então eu ganhava meu dinheirinho e minha irmã ficava sossegada sabendo que não tinha uma louca batendo e/ou fazendo loucuras com a filha dela enquanto ela trabalhava. E nessa eu fiquei por bastante tempo, até minha sobrinha chegar na idade de ir pra escolinha. 

Depois disso foi a hora de eu cuidar dos meus primos gêmeos que são só alguns meses mais velhos que minha sobrinha. Nesse caso eu tinha que ir até a casa da minha tia e ficar com os dois até o horário de eu ir pra escola (eu estudava a noite nessa época). O serviço era praticamente o mesmo, mas agora o trabalho era dobrado pois eram duas crianças pra tomar conta. Mas era mais divertimento do que chateação. 

Depois disso, meu pai abriu uma lanchonete e eu fui ajudá-lo lá. Eu trabalhava no balcão de manhã e boa parte da tarde e as vezes nos finais de semana. Não deu muito certo pois meu pai e dinheiro não combinam e o nosso relacionamento estava ficando muito tenso por causa disso. Então eu resolvi que era hora de começar a abrir minhas asas e ir procurar emprego fora do círculo familiar, afinal eu já tinha 16 anos e já tinha idade o suficiente pra começar a ganhar um salário de verdade e ser realmente independente financeiramente.

Aí eu fiz um pouco de tudo, comecei como secretária, trabalhei de recepcionista em um posto de saúde, trabalhei como professora de digitação e introdução a informática, trabalhei como vendedora, trabalhei como tradutora e digitadora, trabalhei como fotógrafa, etc etc. Enfim, tirando alguns meses entre dois empregos que fiquei desempregada procurando por emprego, eu sempre trabalhei durante o dia e estudei a noite. Sempre tive meu dinheiro e nunca incomodei minha mãe pra nada que eu precisasse. Com 22 anos eu fui dividir um apê com uma amiga e pela primeira vez na vida, além de independência financeira, eu tinha a independência real também.

Nisso dois anos se passaram e eu acabei ficando desempregada e por causa disso não podia mais pagar o aluguel e tive que acabar voltando a morar provisoriamente na casa da minha mãe. Foi aí que eu decidi que se eu não realizasse o sonho de ir morar na Europa naquela época, eu nunca iria fazê-lo. Afinal, eu não tinha nada a perder e nada pra deixar pra trás. Então em abril de 2008, aos 24 anos de idade, solteira, desempregada e morando novamente na casa da mãe, eu arrumei minhas malas e vim ser au pair na Holanda. O que aconteceu de lá pra cá está documentado nesse blog, é só fuçar nos posts mais antigos. 

Anyway, desde que cheguei aqui, eu já trabalhei bastante como au pair (que é basicamente babá) e faxineira. Foram quase 2 anos fazendo isso e juntei uma grana boa com isso. Mas cansei, pra mim chega de limpar privada na casa dos outros e limpar bunda de neném dos outros! Por isso eu resolvi me dedicar só aos estudos da língua pra dominá-la o mais rápido possível. 

Só que agora as aulas acabaram e eu tô completamente sem nada pra fazer e tô começando a sentir falta de trabalhar e novamente ganhar meu dinheiro. Meu marido ganha muito bem e não reclama de nada que eu compro (afinal eu não sou muito gastadora), mas é muito ruim pensar que eu tô gastando o dinheiro dele (até pra comprar um presente pra ele, eu preciso do dinheiro dele), logo eu que sempre tive o meu dinheiro. Eu tenho ficado muito ansiosa pra voltar a ter minha própria renda. Não quero trabalhar por necessidade financeira, e sim por necessidade psicológica haha. E só de pensar que agora eu posso trabalhar em emprego melhores, já que estou regularizada e já falo o idioma fluentemente, já posso trabalhar numa loja, num escritório e coisas do tipo, eu fico toda feliz. 

Mas o que me impede de começar a trabalhar logo é a bosta da mudança de volta pra Holanda que tá estagnada. Não vale a pena eu começar a trabalhar agora aqui na Bélgica pois estou pra me mudar à qualquer momento. Fora que eu tenho que primeiro saber os horários do meu curso, que começa mês que vem, pra assim saber os horários que vou poder trabalhar. Ainda bem que a cultura de trabalhar meio horário é muito grande na Holanda. Mas não vejo a hora de deixar de ser dona de casa (nada contra, só não é algo que me satisfaz) e voltar a ser alguém que produz e contribui de alguma maneira pra sociedade. Chega de ser inútil!

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Primeiro post do ano!

Olá pessoas, desculpe pela minha longa ausência por aqui. Eu tive um final de ano bem turbulento, com acontecimentos bastante desagradáveis e precisei de algum tempo pra me restabelecer emocionalmente de tudo que aconteceu. Mas agora eu voltei com força total e não pretendo mais deixar esse meu cantinho tão abandonado.

Como não escrevo direito aqui desde dezembro, eu vou fazer uma breve recapitulação das coisas que me aconteceram desde então. Bom, a primeira coisa importante a se saber é que a tão esperada vinda da minha mãe pra ficar 40 dias aqui comigo depois de 3 anos sem vê-la foi um verdadeiro fracasso. Não vou entrar em detalhes pois o que aconteceu é algo bem pessoal e como eu acho que todo problema de família tem que ficar dentro da família, não acho que é legal ficar espalhando por aí coisas do tipo, já tem mais gente do que eu gostaria envolvida nisso. Só digo que essa instituição chamada família só me trouxe problemas e dores de cabeça a vida inteira. Tirando pouquíssimas pessoas que sempre me trazem alegria, o resto é só decepção. 

Desde de criança meu sonho sempre foi sumir, ir pra bem longe e nunca mais mandar nem notícias, mas agora que eu estou bem longe e que já não sou criança mais, a minha consciência me faz querer consertar as coisas que eu sempre considerei erradas no meu relacionamento com eles e o tempo e a saudade me fazem deturpar algumas memórias e criar ilusões de coisas que nunca foram reais, que nunca estiveram lá. Mas esse tipo de experiência é bom pra me fazer valorizar esse momento em que estou vivendo agora, vivendo meu sonho de morar na Europa, casada com um homem que não me traz nada além de felicidade e que tem uma família que me tomou como parte permanente. O que eu deixei pra trás no Brasil, bom ou ruim, foi importante pra moldar a pessoa que sou hoje, mas não posso deixar a saudade idealizar algo que nunca esteve lá. Por isso, depois de tudo que passei nos últimos dias, eu decidi que vou cortar minhas raízes com meu passado pra poder me libertar e viver o presente com dedicação total e poder planejar meu futuro com tranqüilidade. Só assim eu vou conseguir ser completamente feliz e realizada na vida.

Nossa, esse post era só pra fazer um resumo sobre os acontecimentos de fim de ano e acabou virando um desabafo sobre problemas familiares que te perseguem mesmo em outro continente. Sem problemas, eu devo tá precisando desabafar mesmo, só assim pra por pra fora o que tá me incomodando e seguir a vida bem, né? Vou ficando por aqui antes que eu comece a encher o saco de vcs com baboseiras. Semana que vem eu volto!

Ah, antes que eu me esqueça, ontem eu comprei meus óculos novos, me digam o que acharam dele hahaha.