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terça-feira, 27 de setembro de 2011

Resumo dos acontecimentos...

Tem alguns leitores desse blog me pedindo para eu escrever mais sobre coisas do meu dia-a-dia, como é viver na Holanda, o que eu tenho feito da vida, etc. Bom, eu não criei esse blog para ficar falando quando eu vou fazer o jantar, ou lavar roupas, ou limpar a casa e coisas do tipo. Pois essas atividades tomam uma boa porcentagem do meu cotidiano. É, por incrível que pareça, eu me tornei uma dona de casa e por mais de um ano essa foi a minha única atividade na vida. Hoje em dia eu tenho algumas outras atividades para dividir o meu tempo, mas nenhuma dela é emocionante o suficiente para ficar criando posts e mais posts sobre elas.

A verdade é que depois de alguns anos morando em um país, a vida se torna normal, a rotina acaba tomando conta e nada parece tão interessante mais. O legal são as coisas que fazemos para tentar quebrar a rotina. Mas o meu dia-a-dia é bem parecido com o de qualquer pessoa que se casou antes dos 30, que estuda e trabalha (ou está procurando trabalho, como eu) e que além de tudo, tem que fazer os serviços domésticos. Afinal, a não ser que você tenha uma empregada (coisa praticamente impossível na Holanda), você vai acabar tendo que fazer os serviços domésticos mesmo trabalhando e estudando. E mesmo se seu marido for um fofo, lindo e dividir as tarefas com você, sempre acaba sobrando mais para nós, mulheres. Isso sem mencionar quando as mulheres tem filhos. Mas como esse não é o meu caso, eu não vou entrar nesse assunto. 

Enfim, apesar da rotina chata e do dia-a-dia super normal, alguns acontecimentos legais (e outros nem tanto) acabam passando batidos e por isso eu resolvi fazer um resumo deles desde que voltei de viagem a dois meses atrás. Afinal, só mesmo fazendo um resumão de tempos em tempos para eu conseguir encher um post inteiro com fatos e não com histórias haha.

Como vocês já sabem (devido aos seis post sobre o assunto), a gente passou nossas primeiras férias de verdade na Grécia. Voltamos de lá no dia 10 de agosto. No dia 17 de agosto começaram minhas aulas preparatórias para o Staatsexamen (um teste de proficiência da língua holandesa, bem parecido com o TOEFL para o inglês). O curso é bem legal, meus colegas de classe são super divertidos e atenciosos e eu tenho certeza que pelo menos duas delas se tornarão minhas amigas depois do curso. O problema é que eu sinto que estou aprendendo mais do mesmo. Eu sinto que já sei tudo que eles estão ensinando por lá. Na verdade o curso é para quem já tem um nível de holandês bem avançando. Todo mundo lá já tem o nível necessário para fazer uma universidade. Alguns tem alguma dificuldade em falar a língua, mas entende e escreve muito bem, outros tem dificuldade com a leitura, mas fala e entende super bem. Eu, como se era de esperar, tenho dificuldade com a escrita, mas falo, entendo e leio super bem. Então esse é realmente o objetivo do curso, trabalhar no seus pontos fracos. A gente praticamente não aprende nada novo (porque teoricamente todo mundo lá já deveria saber a gramática de cabo a rabo). Por isso acaba sendo um pouco entendiante para mim, no sentido de não ter nada me desafiando. Mas como o objetivo desse teste é eu poder entrar para uma faculdade, eu continuo firme e forte e estudando mais do que deveria, já estou na metade do livro enquanto a turma está começando o capitulo 3.

Outra coisa que retornou no final de agosto foram minhas aulas de canto. Minha professora se mudou para o norte do país então agora eu tenho aulas com outra professora. Essa professora é bem mais experiente e tá sabendo me ajudar direitinho com meus problemas (que eu conto nesse post aqui), sem contar que ela tá querendo me incentivar a voltar a escrever minhas próprias músicas, e assim, depois de quase 4 anos eu voltei a sentar atrás de um piano para compor. Estou adorando! Isso sim é um desafio gostoso para mim, além de ter que lidar com novas técnicas de canto, agora eu tenho que voltar a compor e isso me agrada muito. 

Nesse meio tempo, com tanta coisa na fila esperando para acontecer, eu entrei de cabeça na busca por um emprego de verdade. No início eu estava meio tímida, tentando ser caixa de supermercado, trabalhar em lojas, etc. Depois eu abri a busca também para telemarketings e call centers. Hoje em dia, depois de ter escutado um tanto de NÃO, eu resolvi tentar até a voltar a fazer faxina. Essa busca por empregos está acabando com minha auto-estima. Na Holanda, os lugares pagam por hora e o seu piso salarial varia de acordo com sua idade e função. Então se um supermercado quer contratar alguém para ficar no caixa, ele vai preferir pegar um menino de 18 anos, pois assim ele pode pagar 6,50 por hora enquanto alguém com mais de 25 anos exercendo a mesma função tem que receber no mínimo 8,50 por hora. Isso faz toda diferença na hora da avaliação dos currículos. Nos call centers e afins eu não tenho experiência alguma e essa palavra é a mais usada quando eu recebo um sonoro NÃO deles. Como recepcionista/secretária, no BR eu sempre tinha uma grande vantagem, eu falava 3 línguas e domino super bem todos os programas do Office. Mas aqui todo mundo fala pelo menos 3 línguas (tudo bem que agora eu falo 4) e todo mundo domina bem o Office. Então a minha vantagem foi para as cucuias e eu acabo recebendo um NÃO mesmo tendo experiência no ramo. Ou eles escolheram alguém com um curso na área financeira, ou eles não aceitam experiência de outros países. Mas o pior foi quando eu consegui um emprego nos correios, já estava com o contrato na mão para ser assinado e quando a mulher olhou o meu visto eu perdi o emprego porque o meu visto era temporário. Isso me deixou muito mal.

Mas, já que eu falei em visto, uns dias atrás eu recebi a carta dizendo que finalmente o meu visto permanente foi aprovado. Depois de mais de três anos lutando por ele, até morar na Bélgica eu fui para poder conseguir esse maldito visto. Depois até deles terem duvidado que o Stefan realmente morava lá comigo e terem ameaçado não me darem o visto. Mas agora está tudo bem, como a gente estava contando a verdade o tempo todo, tínhamos mais do que provas de que ele morava integralmente lá comigo. O coitado viajava mais de 4 horas por dia pra ir e voltar do trabalho e eles vem criar encrenca, não adiantou, a gente conseguiu provar que fizemos tudo dentro da lei e eles tiveram que engolir e me dar o visto. Agora é só esperar a minha carteira de identidade (verblijfsvergunning) e ninguém mais me segura!!

O pior acontecimento dos últimos tempos foi o nosso querido carro ter desistido de viver. Semana passada ele foi levado para o ferro velho para ser destruído. Depois de quase dois anos nos servindo fielmente, ele não aguentou o tranco mais. Com esse carro a gente viajou de norte a sul pela Bélgica ano passado. Ele nos ajudou muito quando morávamos naquele fim de mundo. Mas agora a verdade é que não necessariamente precisamos de um carro, moramos no centro da cidade, tem dois supermercados a um quarteirão na nossa casa e mais um a 10 minutos de caminhada. O metro para a cinco minutos daqui e tem ônibus para todos os lados. E tem uma estação de trem super pertinho também. E assim que eu fizer as pazes com a minha bike maldita, eu pretendo usá-la mais vezes como meio de transporte e não só para ir à aula. Então, apesar de não ser legal o carro ter nos abandonado, também não será nenhum drama. We will survive haha.

No momento, além de eu estar estudando holandês como uma louca e estar me preparando também para o teste na faculdade de música, eu estou pensando em outras alternativas no caso de eu não passar em música (afinal são mais de 400 candidatos para menos de 8 vagas) e eu decidi que farei Comunicação com foco em mídia digital. Afinal, já que eu passo tanto tempo na internet, porque não fazer disso meu ganha pão, né? Eu pesquisei vários cursos até chegar nesse. Pensei em me tornar professora do ensino médio de história, inglês ou até holandês. Depois pensei em fazer Sociologia, depois quis fazer Desing. Mas no final, o único curso que eu me vejo tento um futuro que não irei odiar para todo sempre é comunicação. O curso é bem abrangente, assim como a internet e eu acho que posso me realizar profissionalmente fazendo isso. Mas isso é lógico se eu não conseguir entrar para faculdade de música haha. 

Ah, tava quase esquecendo que eu quase quebrei minha mão! Sim, essa vida rock'n'roll ainda acaba me matando. Felizmente não está quebrada, mas eu tenho que passar à base de analgésicos e preciso manter uma faixa ao redor do meu pulso por mais de uma semana, até sarar. Posso usar meus dedos, mas não consigo mover meu pulso por causa da dor. Enfim, não dá pra se divertir em um festival gratuito sem sofrer algum tipo de conseqüência, né? Só que normalmente essa conseqüência é só uma ressaca no dia seguinte, e nunca uma mão toda arregaçada hehe.

Então, acho que esses são os acontecimentos importantes mais recentes. Como eu disse, eu levo uma vida super normal e não tem muita graça ficar escrevendo sobre meu cotidiano. Espero ter saciado a curiosidade de vocês e daqui uns dois meses, se algo interessante acontecer eu faço um novo resumo. Até lá vocês voltarão a ler minhas histórias e opiniões porque esse é o objetivo maior desse blog. That's all folks. Hasta la vista....

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Bicicleta é coisa do capeta!!!

Foto do "estacionamento" de bikes na estação central de Amsterdam
Não se assuste com o título, por favor. Mas hoje eu cheguei ao meu limite com minha guerra contra bicicletas. Uma guerra que já dura mais de três anos. Na verdade, se eu for analisar bem, eu acho que minha relação com bicicletas nunca foi das melhores. 

Vamos por partes: quando eu tinha por volta de 7 ou 8 anos, meu pai me ensinou a andar de bike. Bom, na verdade ele me ensinou a manter a bike em movimento, em uma linha reta, sem perder o equilíbrio. Talvez seja porque eu era muito novinha, eu não consigo me lembrar se ele me ensinou a fazer a bike começar a se movimentar, agora que eu penso nisso eu acho que ele sempre me segurava no início até eu pegar velocidade e aí ele me soltava. Então, eu nunca aprendi como realmente andar de bike, e sim como a fazer continuar indo em frente. E é provavelmente por causa disso que toda vez que eu começo a fazer a maldita se movimentar ela vai em zigzag até pegar velocidade.

Outra coisa, na minha cidade (Belo Horizonte) ninguém usa bikes como meio de transporte, tanto por causa da quantidade de morros quanto pelo risco de sua bike ser roubada. Eu morava no bairro Santa Efigênia e meu pai me ensinou a andar na pista de cooper da Av. dos Andradas (não sei se a pista ainda existe). Essa pista consistia de 2km fechados para o trânsito e era a única parte do meu bairro que era plana. Então eu só andava de bicicleta lá e nunca tive que lidar com carros e pedestres. E depois que meus pais se separaram (quando eu tinha 9 anos), eu nunca mais subi numa bike.

Quando eu tinha 11 anos eu fui passear no sítio do meu avô e lá eu resolvi pegar a bicicleta do meu primo que era enorme e andar pelo sítio. Mas como eu nunca fui lá uma grande ciclista, eu não perguntei coisas do tipo: "Como faz para frear?". Sem contar que, além da bike ser enorme, eu fui direto numa descida e conseqüentemente acabei cabeceando uma pobre árvore e isso me rendeu sete pontos bem no meio da testa. Não, eu não estou exagerando, eu tenho uma cicatriz bem no meio da testa, o que hoje em dia é até legal porque eu posso brincar que sou parente do Harry Potter mas acredite, no ano de 1995 eu não achava legal, ainda mais porque o casamento da minha irmã seria em poucos dias e eu saí em todas as fotos com um curativo enorme na testa. Enfim, no início a cicatriz era horrenda! O negócio era um roxo escuro que começava entre as duas sobrancelhas e ia até a linha do cabelo. Mas com o tempo ela clareou e ficou exatamente da cor da pele e eu cresci alguns milímetros de lá pra cá e hoje em dia mais da metade dela está na raiz do cabelo e a parte que sobrou na testa é quase imperceptível. Já faz uns 10 anos que ninguém aponta pra minha testa e pergunta o que é isso, então tá de boa.

Bom, depois desse acidente eu e minha mãe decidimos que era hora de nos livrarmos da minha bike. Ela nunca mais tinha sido usada mesmo e não seria naquela época que eu iria voltar a usá-la, né? Então ela foi vendida. Anos e anos se passaram e eu nunca mais me preocupei em ter uma bike, na verdade sempre achei algo bem inútil. Mas isso tudo mudou no ano de 2008 (mais de uma década depois) quando eu vim morar na Holanda.
Sim, a Holanda é o país que tem mais bikes por km² do mundo, a estimativa é de duas vezes mais bicicletas do que pessoas. Bike aqui é muito mais que lazer ou brinquedo, é o segundo meio de transporte mais usado pelos holandeses. Faça chuva ou faça sol, neve, gelo, furacão, seja lá o que for, lá estão os holandeses em cima da bike. Eles usam a danada pra ir para o trabalho, vão para a escola de bike, até para o buteco lá vai a holandesada de bike. É um tal de carregar um carona na bike, falar no celular andando de bike, carregar objetos grandes e pesados na bike. Provavelmente porque o país é tão plano, andar de bike é algo tão comum quando comer batata. 

Quando eu me mudei pra cá eu morava em Amsterdam e no meu aniversário de 25 anos eu ganhei uma linda bicicleta do meu marido (então namorado). A bike era linda, pequena, dobrável, e super confortável. Mal sabia eu que esse seria o início do meu maior tormento: ANDAR DE BICICLETA NO MEIO DO TRÂNSITO!! Sim, essa é uma das minhas maiores fontes de estresse e eu simplesmente não consigo passar por isso sem ter mini ataques do coração. É horrível! Mas como o transporte público é caro e as distancias não são curtas o suficiente para ir andando, muitas vezes a única maneira é ir de bicicleta. No tempo em que eu morava na Bélgica pro exemplo, a distancia da nossa casa até minha escola andando era de quase 40 minutos, mas com a bike não demorava nem 15. E como não tinha nenhum transporte público que conectava os dois pontos, só dava mesmo para ir com a maldita bicicleta.

Essa bike ficou comigo por dois anos e meio, mas ela estava muito danificada. Em Amsterdam ela tinha que ficar do lado de fora pegando sol e chuva e por isso enferrujou toda. Então no inicio desse ano eu comprei uma nova, só que essa é maior do que eu estava acostumada. Eu já levei vários tombos nela e só de pensar que eu tenho que usar a bike pra ir à algum lugar eu já fico toda nervosa. Hoje eu e o Stefan decidimos pela primeira vez ir de bike para a academia (porque o nosso carro já era, foi mandando pro ferro velho, mas isso é assunto pra outro post), só que eu nunca precisei usar a bike pra uma distancia tão grande, 3,5 km. O combinado era encontrar com ele lá porque quando ele volta do trabalho o trem para ao lado da academia. Nossa, foi a gota d'água. Eu sozinha naquela distancia toda, numa bike que me odeia tanto quanto eu odeio ela, foram 3 tombos num espaço de 10 minutos. No meio do caminho, depois de ter machucado feio a minha perna, eu decidi descer da bike e ir andando empurrando ela. Então o Stefan me ligou para saber porque eu estava demorando tanto e eu desabei a chorar, dizendo que eu ia jogar a bike no canal. Sério, se ele não tivesse vindo me encontrar eu juro que a diaba estaria no fundo da agua numa hora dessas...

Infelizmente eu não posso desistir de usar essa porcaria como meio de transporte, mas eu posso vim xingar muito no blog haha....

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Eu e minha cabeça de vento....

Estamos na metade de setembro. Isso na minha vida só significa uma única coisa: Depressão Pré Aniversário! Sim, eu sou daquelas pessoas que ficam super mal quando estão prestes à fazer aniversário. Eu sei que ainda falta um mês, mas a minha cabecinha de vento já começa a processar os acontecimentos desde o aniversário passado e eu começo a fazer um balanço de vitórias e derrotas e, normalmente, as derrotas são em número maior e/ou mais intensas que as vitórias.

Eu nunca fui muito fã de fazer aniversário, nunca fiz a menor questão de comemorar a data e muitas vezes acabava só indo a um bar com alguns amigos (na maioria das vezes por insistência deles). Minha última festa de aniversário foi quando eu fiz 20 anos e de lá pra cá a minha aversão à data só piora. A única vez que eu gostei realmente de fazer aniversário foi quando eu completei 18 anos e pude ir comemorar numa boate GLS (eu me incluo nos simpatizantes, ok) que eu estava querendo entrar fazia tempo mas não podia porque era menor de idade. Essa data sim foi emocionante e especial. Mas depois disso, fazer aniversário tem sido um sinônimo de tortura para mim. Principalmente depois dos 20 anos, quando todos meus amigos estavam entrando para faculdade e eu ficando para trás. Quando todo mundo estava trabalhando em empregos super legais e eu trabalhando em empregos que eu odiava e que ganhava super mal. 

Mas pelo menos nessa época eu tinha as minhas atividades "extra-curriculares" como aulas de teatro, aulas de música, cantar em vários corais, etc. Depois que eu me mudei para Holanda (tinha 24 e completei 25 anos aqui) nem isso eu tinha mais para me fazer sentir que estava fazendo algo de útil com a minha vida. Aqui tudo que eu planejei fazer demorou muito mais do que o normal por causa de problemas de visto. Sem contar que ter que aprender a língua para fazer qualquer coisa (como trabalhar ou entrar para faculdade) também atrasou em muito com meus planos. Depois de ter passado mais de um ano sendo uma simples dona de casa, sem fazer nada de útil com a minha vida, eu finalmente estou na última fase dos meus estudos da língua para poder entrar para faculdade. Mas esse é mais uma coisa que me deprime, eu provavelmente não conseguirei entrar para o curso que eu quero. O curso que é o motivo de eu ter me mudado para cá.

Depois de ter visitado todas as faculdades que oferecem esse curso, eu vi que mais de 500 pessoas se inscrevem todos os anos e eles têm menos de 50 vagas. E como entrar para faculdade aqui não depende de testes (vestibular) e sim do seu currículo escolar, as minhas chances são super pequenas. Lógico que eu ainda vou me inscrever porque afinal, as chances podem ser pequenas agora mas se eu não tentar, elas serão nulas, né? Mas como mais uma vez a idade está batendo na minha porta eu tenho que abrir minhas opções e me inscrever para cursos que não seriam minha primeira opção mas que tem uma chance maior de eu conseguir entrar.

Enfim, isso é só um desabafo de alguém que está um ano mais próxima de completar 30 (agora faltam só 2 anos) e que tem a sensação de que não fez nada de útil na vida. Eu sei que é bobeira, que eu me casei, compramos um apartamento lindo, que eu viajei para vários lugares, que eu falo 4 línguas, que só o fato de ter conseguido permanecer no exterior já é uma grande conquista. Mas quando eu lembro que me formei no ensino médio faz 9 anos atrás e que até hoje não consegui fazer uma faculdade, eu fico numa depressão tão grande. Mas acaba passando, sempre passa. Eu sempre acabo me conformando com os acontecimentos e encontrando soluções para meus problemas, até lá, eu vou batalhando para realizar meus sonhos e me dedicando à manutenção das coisas que já conquistei nessa vida....

sábado, 3 de setembro de 2011

Descobrindo a Grécia - parte 6 (última parte) - Atenas!!

Depois de seis post finalmente chegamos ao final da minha experiência de três semanas pela Grécia. Tive que fazer em partes para poder detalhar tudo que vivenciei por lá e principalmente para poder contar direitinho meu passeio pela capital Atenas, pois essa foi uma das melhores experiências que já tive na vida!!
 
Para falar a verdade, a gente viajou para a Grécia já imaginando que não seria dessa vez que eu conheceria Atenas, devido à todos os protestos que estavam acontecendo por causa da crise financeira pela qual o país tem passado nos últimos anos. Mas na semana em que fomos os conflitos acabaram e as minhas esperanças se acenderam. Só que no dia anterior a nossa chegada, os taxistas entraram de greve e aí mais protestos e confusão aconteceram pela capital. Então minhas esperanças morreram novamente e eu já estava conformada com a idéia de só conhecer Atenas na próxima visita ao país. Mas na semana anterior à nossa partida, os taxistas entraram em acordo e a confusão acabou. Então a gente aproveitou a oportunidade e planejamos nossa ida para nossa ultima sexta por lá, antes de qualquer outra confusão acontecer.

Acordamos cedo e pegamos o ônibus porque como qualquer cidade grande, ir de carro é um problema por causa de estacionamento. A viagem demora por volta de 40 minutos e por volta das 8:30 hora já estávamos em Atenas.

O ônibus para no centro da cidade ao lado do Museu Nacional de Arqueologia. Como o museu só abria as nove horas, a gente resolveu ir andando pela cidade até Acrópoles e na volta visitar o museu. Então começamos a andar pela cidade. Atenas é uma cidade enorme de seis mil habitantes. Uma bagunça, uma sujeita, um tanto de drogado e mendigo pela rua. Eu me senti no centro de Belo Horizonte, isso sim. Coisas que nunca vi nem no centro de Amsterdam, eu vi no centro de Atenas, coisas do como uns caras injetando heroína na veia bem em frente a um museu nacional. Fiquei horrorizada!!

Mas toda essa má impressão desaparece quando começamos a chegar no caminho que leva a Acrópoles. A cada esquina vemos uma escavação. Na Grécia, quando se quer construir em algum lote, é preciso uma escavação do local antes e se eles encontrarem algo acabam ficando anos pesquisando o local até saberem tudo sobre os achados. No caminho a gente passou em frente ao parlamento e chegamos bem na hora da troca da guarda. Na verdade eu achei meio engraçado, os uniformes que eles usavam durante a guerra da independência são totalmente ridículos e a coreografia que eles fazem me deu vontade de rir. Mas na verdade é algo super simbólico e cultural eu achei super legal poder ter presenciado isso.
 
Após mais alguns minutos de caminhada chegamos na rua das lojas de souvenirs e de lá já dá pra ver a montanha com Acrópoles lá em cima. Então chegamos nas escadas. Sim, são uma infinidade de escadas para se chegar no topo da montanha. E até que enfim chegamos em Acrópoles e no momento em que eu entrei no local, eu comecei a arrepiar de tão maravilhoso é.

O templo de Atenas é um dos mais conservados de toda Grécia e até menos de cem anos atrás o teto ainda estava no lugar. Hoje em dia eles estão planejando uma super restauração que provavelmente vai se capaz de colocar o teto de volta. O Paternon também é uma visão dos deuses (e provavelmente essa era a intenção haha). Do topo dá para ver a outra montanha de Atenas, o monte  Lycabettus (não encontrei o nome em português) e do outro lado nós vemos a outra parte de Acrópoles que era uma espécie de monastério. Também vemos o teatro em homenagem à deusa Atena, esse teatro é usado até hoje em apresentações musicais e outros eventos. Acrópoles é realmente uma cidade dentro de outra e a gente passou boa parte do dia por lá. Sem contar que na saída tem a antiga área do mercado com um pequeno museu, o que tomou mais algumas horas do nosso dia.

Na volta nós pegamos o metro porque ele é uma atração a parte. Quando o metro estava sendo escavado, eles encontraram várias coisas soterradas. Então em cada estação tem algum tipo de exposição dos achados dessa época. A gente pegou o metro e desceu em cada estação da região central para ver os achados. É realmente muito especial, nunca imaginei que estações do metro pudessem ser atrações turísticas. E por causa disso o metro é super limpo e organizado.
 
Na volta a gente foi ao museu arqueológico mas infelizmente chegamos muito tarde lá e já estava fechado. Fiquei morrendo de raiva não ter ido logo de manhã. Mas tudo bem, fica para a próxima visita, afinal Atenas é uma cidade enorme e não deu para ver nem um terço de tudo que tem por lá. Com toda certeza terem que voltar várias vezes até ver tudo de legal na cidade.

E assim terminou minhas experiências pelo maravilhoso país que é a Grécia. Nos quatro últimos dias de férias a gente ficou por Oropos curtindo a praia, dormindo, arrumando as malas, limpando a casa e comendo super bem. Foi uma experiência maravilhosa que eu pretendo repetir assim que possível.

Troca da guarda no parlamento de Atenas
Troca da guarda no parlamento de Atenas

Eu passando vergonha com a troca da guarda no parlamento de Atenas

Vista de Acropóles no centro de Atenas

Entrando em Acrópoles

Templo da deus Atena em Acrópoles

Paternon

Vista do monte Lycabettus

Vista do monastério de Acropoles

Teatro de Acropoles

Maridoncio todo feliz em frente ao Paternon

 


Saindo de Acrópoles

Passeando pela antiga área do mercado

Uma das estações de metro em Atenas

Até o metro glorifica meu nome haha
Adeus Grécia, espero poder voltar logo...