E lá se foi mais um festival PinkPop e esse ano será o único que iremos. Foram três dias de calor, muito calor. Um sol escaldante de 30ºC e nenhuma única nuvem naquele céu azul. Estou aqui toda vermelha porque nem mesmo passando o protetor solar fator 50 a cada uma hora resolve o problema. Essa foi a primeira vez que fomos com um grupo de amigos ao invés de irmos só nós dois. Foi uma experiência super legal mas ao mesmo tempo não sei se foi tão útil assim ir em grupo. Mas vou falar sobre isso daqui a pouco, antes farei um breve review das bandas.
Não conhecia a maioria das bandas e algumas que conhecia me decepcionaram bastante. Vamos por dia então (nem vou falar de todas as bandas que eu vi porque algumas foram tão insignificantes que nem merecem review):
Sábado:
Depois de um bocado de bandinha mais ou menos, finalmente chegou a hora da cantora mais famosa da Holanda, a Anouk. Eu adoro a voz dela e adoro quando ela canta umas músicas super rock e nervosas, mas ela também sabe cantar umas baladas chatas e melosas que ninguém merece. Mas o maior defeito dela é se achar super especial, super importante e melhor do que qualquer outro artista. Ela é a definição da palavra bitch. E por isso eu acabo tendo birra dela e não consigo apreciar tanto assim o talento que ela tem. O show foi bem parado, eu olhava ao meu redor e via gente sentada, batendo papo, dormindo, etc...poucas pessoas prestando atenção nela lá no palco. E nós nos enquadramos nessa gente. Até o Stefan que tem todos os cds dela achou o show meia boca.
Então fomos ver os Ting Tings e devo dizer que achei um cocozóvisky! Honestamente, a mulher só grita...aff. Fora que tem horas que só tem o carinha tocando a bateria e ela cantando (e não tocando a guitarra) que nem na música "That's Not My Name" e a gente ouve vários instrumentos mas não tem nenhum músico no palco a não ser eles, quer dizer que eles usam samples o show todo. Não consigo respeitar banda que usa samples por mais de 70% do show. Foi malz aí...olha se eu não tenho razão:
Aí finalmente foi a hora do tão esperando The Cure. Essa é uma banda que eu conheço desde muito novinha mas mesmo assim nunca conheci nada além dos singles que tocam no rádio. Nunca fui fã mesmo e sempre que tive oportunidade de ouvir um cd inteiro eu achei super lento e até um pouco entendiante. Acho que pra ser fã é necessário gostar realmente do estilo. Mas mesmo assim eu estava super ansiosa pra vê-los, afinal não é todo dia que temos a oportunidade de ver uma lenda do rock, né? Adorei o show, mesmo com algumas músicas que de deram um pouco de sono, eles souberam dosar super bem entre as desconhecidas e as conhecidas. Quase morri quando tocaram "In Between Days" e "Close To Me".
Domingo:
O domingo começou pra mim com a banda Racoon. Racoon é a minha banda holandesa preferida e eu nunca me decepcionei com eles. Já os vi ao vivo antes em 2009, só que dessa vez eles se apresentaram com uma orquestra e foi tão lindo. A música "Love You More" é muito especial pra mim, todo casal tem uma música que é importante pra eles, bom essa é a "nossa" música desde que começamos a namorar. Quando eles tocaram a gente até chorou abraçadinhos, foi tão lindo...
Então fomos ver Mastodon que é talvez a melhor banda de metal da última década. O marido adooooora, eu acho legal mas não é exatamente meu estilo. Mas mesmo assim vale a pena vê-los ao vivo, mesmo eu já tendo visto eles ano passado.
Aí foi a hora de Soundgarden e assim como The Cure, eu nunca fui super fã deles. De todas as bandas consideradas Grunge eles sempre foram os que eu menos prestei atenção. Na verdade eu acho que se não fosse pelo Chris Cornell eles nem teriam ficado famosos. Aliás, o Chris é um grande filho da puta! Ele desafia todas as lógica de técnica vocal. O cara mal abre a boca e sai um volume que não existe a menor lógica. Realmente um dos melhores vocalistas ainda vivos nesse planeta, mas não mais do que isso. Ele canta tudo no piloto automático e sem a menor paixão pelo que faz. Enfim, o show não fedeu nem cheirou mas agora eu posso dizer que já assistir todas as grandes bandas de Grunge que ainda estão ativas. Depois do Soundgarden era pra gente ter visto Keane mas eu fiquei com preguiça da música água com açúcar deles e resolvi economizar minhas energias haha.
Chegou a hora da grande surpresa do festival inteiro: Linkin Park! Pra falar a verdade eu conheço umas 3 músicas deles e mais os temas que eles escreveram pros filmes dos Transformers e por isso não estava esperando nada desse show. Já tinha visto um show deles na MTV e sabia que eles faziam um bom trabalho ao vivo, mas nada que me preparasse pro que estava por vir. Duas horas sem parar (sem mesmo sair do palco e voltar pra âncora) de pura energia e profissionalismo. Foi o tipo de show best hits, só com músicas conhecidas e tudo soava tão perfeito. O vocalista Chester Bennington canta com uma precisão que é impressionante, ele não tem muito volume mas a técnica que usa é impecável, não erra uma nota o show inteiro. O resto da banda também é super precisa e passa toda a energia que é necessário pra fazer um bom show de rock. Teve direito até um cover de Sabotage dos Beastie Boys. Com certeza ganharam meu respeito e fizeram um dos melhores shows que já fui na vida!
Segunda:
Esse foi o dia de muitas bandas que não me animaram nem a levantar do chão. O destaque foi pro The Hives que animaram bem a galera. Mas esse também foi o dia do show mais esperado do festival inteiro e talvez um dos mais esperados da minha vida, eu finalmente vi Bruce Springsteen ao vivo! Sim, The Boss em pessoa lá em cima do palco e fazendo um show inesquecível e indescritível. Eu que sou fã desde que me entendo por gente me esguelhei, chorei, cantei, pulei, e saí de lá feliz e realizada. Foi perfeito! Ah, o detalhe é que ele tem 62 anos e tocou por três horas e meia sem parar pra nada, pulando, fazendo crowd surfing, dançando e tudo mais e ele também não saiu do palco pra fazer âncora. Muito músico por aí *cof* Axl Rose *cof* devia aprender com ele porque é assim que se trata os fãs.
Agora a parte chata do festival. O maridovisky tem dois amigos de infância que ele conhece há mais de 20 anos. Os três são inseparáveis e fazem tudo juntos e nenhum deles nunca teve um relacionamento sério. Em 2008 o Stefan me conheceu e imediatamente eu virei parte do grupo. No meio do ano passado o George começou a namorar também e agora só sobrou o Marco de solteiro. A namorada do George também entrou pra turma, obviamente. Até a gente ir pro Pinkpop eu achava ela super legal, mas depois desses 4 dias juntos eu meio que tomei antipatia. Não dela como pessoa mas deles como casal. Calma que eu explico, sabe aquele casal grude, que ficam se beijando e abraçando o tempo todo não importa aonde e com quem estão? Pois é, eles são assim. Antes eu ficava achando que era porque eles estavam no inicio do namoro e além de tudo essa é a primeira namorada de verdade dele (não sei se é dela também). Mas agora já faz quase um ano e eles moram e trabalham juntos, não tem mais desculpa pro grude. Eles parecem siameses, se ela precisa ir ao banheiro ele vai com ela. Se ele vai buscar cerveja pro grupo ela vai com ele. Eles não sentam longe do outro, eles não fazem absolutamente nada se o outro não for junto. Fora que eles entram no mundinho deles e esquecem completamente que tem outras pessoas ao redor deles. Esquecem principalmente que uma dessas pessoas é o único solteiro no grupo que ele pode ficar desconfortável com isso.
Sei lá, eu acho que estar num relacionamento não é desculpa pra falta de noção. O cara tá lá, curtindo o show de um dos artistas preferidos dele e ela ficar chamando atenção dele o tempo todo como se ele tivesse que prestar atenção só nela e não no show. Não dá pra aguentar, né gente? Essa história de ficar de grude na frente dos outros é de muito mal gosto e desconfortável pra todo mundo ao redor, mesmo pros outros casais que estão presente. Se você está em público comporte-se! Deixe o grude pra sua intimidade. Beijinho e abraço de vez em quando é normal, afinal se trata de um casal, mas quando isso deixa de ser esporádico e começa a ser a unica coisa que se sabe fazer o tempo todo, talvez deva-se considerar não sair de casa e principalmente não sair em grupo.
Os três mosqueteiros: George, Marco e Stefan |
O grupo todo: Marta, eu, Marco, George e Stefan |