content='786389851402381 property='fb:admins'/>

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Descobrindo a Grécia - parte 5 - The Golden Coast of Greece e o maravilhoso por do sol de Súnion

Essa foi a viagem mais inesperada que fizemos, foi algo totalmente espontâneo e por isso super legal. Nesse passeio nós conhecemos o lago da cidade de Maratona, dirigimos pela "costa dourada" da Grécia e vimos o mais belo por do sol em Súnion. 

Durante essas férias o calor me impedia de dormir até tarde, por volta de oito ou nove da manhã eu já estava acordada. Normalmente o Stefan ainda estava dormindo então eu ia ler um livro, ouvir meu mp3 player, assistir TV ou fazer qualquer outra coisa até ele acordar. Porém, nesse dia ele também acordou cedo e por isso resolvemos ir à praia pela manhã (normalmente a gente ia depois do almoço). Quando estávamos na praia, a gente percebeu que teríamos a tarde inteira sem nada para fazer, então o Stefan teve a brilhante idéia de me levar para ver o que é considerado o mais bonito por do sol do planeta. Então por volta de uma da tarde a gente voltou para casa, almoçamos, tomamos banho e botamos o pé na estrada.

Passamos pela cidade de Maratona onde fica localizado o maior lago da região. Esse é o lago que supre com água toda a região central da Grécia. O lago é enorme e realmente parece não ter fim. A represa que segura o lago também é gigantesca. Senti uma paz muito grande olhando para aquele infinito de água, eu realmente nasci no ambiente errado, eu tinha que ter nascido peixe haha.

De lá a gente dirigiu pela "costa dourada" da Grécia. Essa região tem esse nome porque boa parte dos ricos e milionários gregos moram por lá. As casas são enormes, algumas construídas literalmente em forma de castelos. São verdadeiros palacetes, alguns de botar inveja nas casas dos artistas de Holywood. É muito contraditório com a realidade das outras parte que visitei pela Grécia, a diferença social é realmente gritante nesse país.

As estradas da "costa dourada" nos levaram para o templo de Posseidon em Súnion. O templo foi construído no alto de uma montanha cercada pelo mar, é bem compreensível que eles escolheram aquele local para adorar o deus das águas. Do templo temos uma visão magnífica, o sol se põe nas montanhas em frente e esse fenômeno é considerado o mais bonito no mundo, lógico que existem outros locais que dizem que o por do sol deles é o mais bonito do mundo, mas esse é realmente de tirar o fôlego. Não é incomum as pessoas começarem a aplaudir quando o sol finalmente se esconde atrás das montanhas e dessa vez não foi diferente. O local estava cheio de turistas e quando o sol foi para atrás das montanhas, os aplausos começaram. Eu particularmente precisei de um tempinho para me recuperar de tanta beleza. Estava meio que abobada depois desse espetáculo da natureza. Se é realmente o mais bonito do mundo eu não sei, mas que é uma experiência maravilhosa, isso é com toda certeza.

De lá nós pegamos a estrada de volta para casa, tínhamos que dormir cedo pois no dia seguinte pegaríamos o ônibus das sete da manhã para Atenas. Mas isso é assunto para o próximo e último post sobre essa viagem...

Lago de Maratona
Lago de Maratona
Lago de Maratona
Lago de Maratona

Lago de Maratona
Lago de Maratona
Templo de Posseidon
Por do sol em Súnion
Por do sol no templo de Posseidon em Súnio
Por do sol no templo de Posseidon em Súnio
Por do sol em Súnio
Por do sol em Súnio
Templo de Posseidon em Súnion

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Descobrindo a Grécia - parte 4 - Peloponnesos

O quarto grande passeio da nossa visita à Grécia foi talvez o mais longo e cansativo, mas também super gratificante. Nós fomos passear pela região de Peloponeso, o sul da Grécia (contando só continente e não as ilhas) e são mais de três horas de viagem para chegar lá.
Essa é a região mais seca da Grécia, normalmente as chuvas param no final de maio e só volta a chover lá por novembro. Portanto a vegetação é menos densa e acontecem vários incêndios durante o verão. Então, apesar da paisagem ainda ser tão bonita quanto mais ao centro do país, a vegetação te dá a impressão de que você está em outro local e, até chegar nas ruínas, nem parece que estamos na Grécia. 

A primeira visita foi a cidade de Corinto, onde se localiza o canal mais peculiar do mundo. O espaço é suficiente para um navio de médio porte e nada mais. Infelizmente não consegui fazer fotos, talvez na minha próxima visita...

Depois fomos até o teatro de Epiauro, o maior de toda a Grécia. As técnicas utilizadas para ampliar a acústica são tão sofisticadas que se você subir no topo da arquibancada e alguém rasgar uma folha de papel lá em baixo no centro, dá para ouvir nitidamente como se o papel tivesse sido rasgado ao seu lado. Mas o que impressiona mesmo é o tamanho do teatro, eu me senti uma pulga lá haha. Esse teatro é usado até hoje para shows, peças e outros eventos. Inclusive eles estavam preparando algo para noite em que estávamos lá.

Esse teatro pertencia à "casa de cura" (vulgo hospital primitivo) dedicada ao deus da cura e saúde Esculápio. As ruínas da casa de cura e do templo ainda estão sendo escavadas, e lá eles também tem demonstrações de como as coisas encontradas são restauradas, vários quilos de mármore são usados todos os dias em lugares como esse. Eles também tem um pequeno museu, mas é tão pequeno que gastamos somente dez minutos para ver tudo haha.

De lá dirigimos até o porto de Náuplia (Nafplio em grego). No topo da montanha tem um castelo medieval e no mar existem vários faróis e pequenos fortes. Aparentemente essa parte da Grécia vivia em conflito com os turcos durante a Idade Média. Lá a gente comeu um sanduíche delicioso e botamos o pé na estrada novamente.

Dirigimos até as ruínas da fortaleza do reino dos Micenas. A fortaleza é gigantesca e se você já leu Senhor do Anéis, conseguiria visualizar Helm's Deep perfeitamente (aliás essa não é a única parte de Grécia que me fez pensar em SDA, mas isso eu falo em outro post). A fortaleza foi construída no topo de uma montanha e tem a vista para todos os lados do vale e para o mar, então se qualquer inimigo tentasse invadir a cidade, os vigilantes no topo da montanha conseguiriam ver a chegada deles dias antes da invasão. Mais uma vez a altitude e o calor não ajudaram a subir no topo da montanha, mas quando eu finalmente consegui vencer isso, foi simplesmente maravilhoso!

Na volta passamos pela cidade de Argos (sim, a mesma que Perseu teve que salvar a princesa Andrômeda), mas como já estava anoitecendo, mais uma vez as fotos não ficaram boas. E eu estava tão cansada que dormi durante o longo caminho de volta para casa hehe.


Teatro de Epidauro
Teatro de Epidauro
Teatro de Epidauro
Ruínas do templo do deus Esculápio
Estátua do deus Esculápio




Ruínas da "casa de cura" dedicada ao deus Esculápio
Ruínas de um castelo medieval no porto de Náuplia
Ruínas da fortaleza dos Micenas
Ruínas da fortaleza dos Micenas
Ruínas da fortaleza dos Micenas
Ruínas da fortaleza dos Micenas
Ruínas da fortaleza dos Micenas
E pra terminar, uma placa de transito feita sob medida pra mim e meu maridôncio (meu nome é Larissa para quem não sabe) hehe








domingo, 21 de agosto de 2011

Descobrindo a Grécia - Parte 3 - Delphi, Thermopyles e Lamia

A terceira grande viagem foi um banho de história e como não poderia deixar de ser, mais vistas maravilhosas. Nós visitamos o santuário de Apolo em Delfos (Delphi em grego). Visitamos também o local onde a batalha de Termópilas (Thermopyles em grego) aconteceu. Dirigimos até a cidade de Lamia e visitamos lugares lindos da região central da Grécia.

Como de costume, acordamos cedinho e começamos a dirigir. Chegar em Delfos foi fácil pois dessa vez levamos mapas haha. Foram mais ou menos duas horas de viagem e eu nem preciso dizer que a vista era linda! Chegando lá vimos vários ônibus cheios de turistas de várias partes do mundo. 

Delfos é um complexo de montanhas onde foi construído o santuário do deus Apolo. Nesse santuário de localizava o mais importante Oráculo da Grécia. O Oráculo era na verdade uma sacerdotisa que previa o futuro dos mais importantes reis, militares, aristocratas, etc da Grécia. Existem documentos que provam que vários momentos importantes da história grega foram "previstos" pelo Oráculo de Delfos.

O santuário foi totalmente encoberto e começou a ser escavado pelos ingleses no final do século 19. A maioria das estátuas ainda estavam em ótimo estado e foram levadas para Londres onde são exibidas em alguns museus. O que restou (provavelmente que foi escavado depois que os ingleses foram embora) está no museu arqueológico em Atenas e uma pequena parte se encontra no pequeno museu de Delfos.

A vista do topo é magnífica, mas a altitude é algo difícil de aguentar e piora por causa do calor acima de 40ºC. Mas todo esforço vale a pena quando se consegue visualizar as ruínas e receber mais um banho de história antiga. Do topo também dá pra ver o santuário da deusa Atenas que ainda está sendo escavado.
Depois de ter passado mais da metade do dia subindo a montanha, a gente pegou a estrada dirigindo em direção a cidade de Lamia. Entre o templo e a cidade existe o desfiladeiro de Termópilas onde os 300 homens de Esparta conseguiram por três dias diretos impedir que um exército de mais de dez mil persas atravessassem para o outro lado da montanha. Um feito incrível para um número tão pequeno de homens, mas quando se olha o desfiladeiro, dá para perceber que realmente a vantagem estava do lado dos espartanos. De qualquer forma, o rei Leônidas não deixa de até hoje ser considerado um grande herói da Grécia.

Depois de horas viajando e mais uma vez admirando a paisagem maravilhosa, chegamos em Lamia ao anoitecer (portanto as fotos não ficaram boas) e lá jantamos e dirigimos de volta pra casa. O passeio foi simplesmente inspirador e talvez o mais marcante de toda a viagem. Nunca vou esquecer a sensação de visitar uma das ruínas mais importantes da história ocidental.

Vista do santuário de Atenas
Pilares da entrada do santuário de Apolo
Uma das várias câmaras sagradas, essa dedicada à deusa Atenas
Pilares do templo de Apolo
o que sobrou do templo de Apolo
Teatro do santuário
Meu guia turístico particular todo feliz no santuário
Vista do santuário
No topo da montanha
Estádio do santuário, aqui os esportes eram em homenagem à Apolo e ao Oráculo
Museu do santuário
Museu do santuário
Museu do santuário
Eu e o rei Leônidas de Esparta

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Descobrindo a Grécia - Parte 2 - A ilha Eubeia

O segundo grande passeio que fizemos pela Grécia foi pela ilha Eubeia (Evvoia em grego) que é a segunda maior ilha do país. Oropos fica exatamente em frente da cidade de Erétria, e é preciso uma viagem de meia hora por balsa para atravessar o mar e chegar do outro lado. A ilha é linda, cheia de montanhas e belezas naturais. É também quase tão grande quanto a Holanda inteira. 

Saímos de casa cedinho e pegamos a balsa para  atravessar para o outro lado. Chegando lá fomos tomar um frappé (na Grécia é mais comum se tomar café gelado por causa do calor) e começamos a dirigir pela ilha afora. Lógico que um casal avoado como eu e o Stefan, a gente esqueceu coisas cruciais como um mapa da ilha haha. As estradas foram renovadas recentemente mas, por algum motivo, os gregos não acham importante colocar sinalizações com as direções dos lugares. Por isso dirigir na Grécia pode se tornar uma enorme aventura, sem contar que os gregos são os piores motoristas que eu já vi na vida. Mas depois de ficarmos perdidos várias vezes, finalmente encontramos o caminho que procurávamos. 

Nós estávamos procurando o caminho para Steni, uma cidadezinha construída em volta da montanha mais alta da ilha, a montanha Dirfys. A vista é simplesmente espetacular! O cheiro de pinheiro, ervas, mel de abelha natural, entre outras coisas, invade seus pulmões e te faz querer construir uma cabaninha na montanha e passar o resto de sua vida lá.  

As estradas são curvilíneas para acompanhar o formato natural das montanhas. A grande parte do caminho é remota, sem nenhum sinal de civilização, nenhum barulho que não seja do vento ou de pássaros. 

De Steni a gente dirigiu até Limni e chegamos até a costa, o mar lá parece ser ainda mais azul e bonito. A vista é estonteante,  de um lado o mar lindo, de outro montanhas que não acabam mais. Por lá almoçamos e seguimos viagem. A maior parte do tempo passamos dentro do carro só admirando a paisagem linda. Quando cansávamos, a gente parava por alguns momentos em um dos vários mirantes à beira das estradas. 

O sol começou a se por e nós chegamos em Cálquida (Halkídha em grego). Lá nós jantamos e fomos ver o canal onde Aristóteles se matou. O canal liga duas partes do mar, só que uma parte do mar perde mais de duzentos metros de água durante a maré baixa e por isso o curso do canal muda de direção a cada seis horas. Aristóteles que não devia ter nada pra fazer na vida não conseguiu entender o porque desse fenômeno e enlouqueceu, se jogando no canal e afogando. Na praça em frente ao canal tem uma estátua em sua memória. 

De Cálquida a gente voltou dirigindo pela ponte que liga a ilha ao continente. Quase duas horas de viagem e estávamos em casa, mortos de cansados prontos para cair na cama e tirar o dia seguinte para relaxar na praia. 

Na balsa indo para Erétria
Vista de Oropos da balsa
A caminho da montanha Dirfys
Montanha Dirfys vista da estrada
Vista de um dos mirantes à caminho da montanha
Vista de um dos mirantes à caminho da montanha
Apreciando a vista de um dos mirantes à caminho da montanha
Stefan tbm babou com a vista