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domingo, 14 de agosto de 2011

Descobrindo a Grécia - Parte 1 - Primeiras impressões

Olá pessoas, cá estou eu de volta. Sumi muito, né? Bom, depois da mudança nós passamos um mês sem internet em casa, daí saímos de férias e lá também não tinha internet, então só agora tive como atualizar o blog.

E é sobre as férias que vim falar hoje. Como vocês já devem saber, eu passei três semanas na maravilhosa Grécia e lá eu vi e vivenciei várias coisas, tantas coisas que se fosse escrever tudo em um post só ninguém iria se dar ao trabalho de ler de tão enorme que ficaria. Portanto eu dividirei meus passeios em partes e assim faço posts diferentes sobre cada lugar que visitei. 

O primeiro post é sobre a chegada na Grécia, as primeiras impressões que tive de lá e a cidade em que ficamos "morando" por três semanas, Ororpos.

Depois de termos passado a noite inteira no aeroporto (o avião saía as 6h da matina), chegamos na Grécia as 11h da manhã. No caminho do aeroporto até Oropos eu tive a impressão de estar em algum lugar no sertão da Bahia. O clima da Grécia (do centro até o sul do país) é árido, quase clima de deserto, e por quatro meses não cai uma gota de chuva e as temperaturas passam facilmente dos 40 graus. Portanto a vegetação é bem ressecada e me lembrava um pouco a Savana africana. Mas não foi isso que me fez pensar no Brasil, e sim os prédios inacabados, pessoas vindo lavar o para-brisa do seu carro no sinal, barraquinhas vendendo coisas nas calçadas, cachorros abandonados vagando pelas ruas e mendigos. Olha, vocês tem que entender que em três anos morando na Holanda e na Bélgica, eu nunca mais vi nenhuma dessas coisas citadas acima, até tinha esquecido como era ver esse tipo de coisa e definitivamente nunca tinha esperado ver nada disso na tão "evoluida" Europa. 

Chegando mais perto da cidade, eu descobri que a linha entre pobre e rico é tão gritante quanto no Brasil, já que na Holanda é tão difícil definir só pela casa e pelo carro quem é rico e quem é pobre. Na Grécia existem mansões gigantescas construídas literalmente em formato de castelos e existem casas de dois cômodos que ficam pra sempre só no reboco. Existem carros que valem dez anos do seu salário e existem carros caindo aos pedaços. Resumindo, se não fosse pela língua, qualquer brasileiro poderia afirmar que a Grécia é na verdade um pedaço do Brasil. 

Chegando na cidade é que veio a maravilha que não se encontra no Brasil: o mar mediterrâneo. Aquele mar tão azul que até dói os olhos. Um mar que dá até dó de entrar porque você não quer levar a sua sujeira para dentro dele. E o mais bonito ainda é que o mar de Oropos faz uma baía que é cercada de montanhas em qualquer lado que você olhe e isso é realmente impressionante. 

Oropos é uma cidade de médio porte e que é basicamente turística. Sabe aquele povo que mora na cidade grande mas tem uma casinha na praia e vai para lá nas férias? Pois é, 80% das casas lá são casas de praia de gente que mora em Atenas ou em outras partes do interior do país. E esse é o caso da família do Stefan também, a casa fica fechada o ano inteiro e no verão tem sempre alguém da família por lá. Por isso a cidade não é muito bem cuidada, na verdade é super desorganizada e feia, mas tudo vale a pena quando se vai à praia. Aquele mar extremamente azul, o fato da praia se de pedrinhas e não de areia (que eu odeio tanto). E a noite sair pra andar na beira do mar, com a brisa soprando, uma delícia!

Os primeiros dias passamos só relaxando na praia, comendo coisas inexplicavelmente deliciosas e descansando dos perrengues que temos passado nos últimos tempos. Na segunda semana começamos os passeios. O Stefan (que já conhece bem os lugares turísticos da Grécia) queria me levar para ver as ruínas e me contar um pouco da história de cada lugar (ele é historiador formado) e também queria me levar para ver as belezas naturais do país.

Nosso primeiro passeio foi nas ruínas de Amphiaraos, um dos primeiros "hospitais", ou casa de cura como eram chamados. O santuário data de 1000 anos antes de Cristo e ainda está sendo escavado. Foi a minha primeira experiência com algo tão antigo e eu me senti tão insignificante olhando aquelas colunas de mármore que resistiram tão bravamente à todo tipo de erosão e ao tempo.

O que faz esse santuário tão especial é a existência do que aparentemente é o primeiro "ralo" da história. Eles tinham água vulcânica que entrava no santuário, nessa água eles colocavam os doentes para que eles se curassem, mas os doentes só podiam ficar por volta de uma hora na água, então eles enchiam uma espécie de ralo e deixavam a água drenar numa velocidade que eles sabiam que uma hora de passou e o doente tinha que sair da água. Parece simples, mas para o povo daquela época isso era algo super avançado. Só mesmo estando lá e ouvindo a história para saber o quanto impressionante realmente é....

Pilares do teatro do santuário
Cadeiras do teatro do santuário
Templo de Amphiaraos
Ruínas do mercado do santuário
Em frente ao "ralo" do santuário
Esse era o "ralo" do santuário
Escavações do santuário, eles nunca param de encontrar coisas
Vista de Oropos na saída do santuário
Praia em Oropos na ultima semana de férias

 Por enquanto é isso. Durante a semana vou postar mais sobre os outros passeios que fiz. Enquanto isso acho que já dei material o suficiente para vários minutos de leitura haha. Até mais....

2 comentários:

  1. Nossa Liss. Que maravilhoso tudo isso. E esse ponto histórico fica vazio assim? Pelas fotos dá a impressão que só tinha vocês lá!

    Lindo lugar!

    Acredita que eu já li todos os posts daqui? Sua história é inspiradora. Queria eu ter tido a coragem q tu teve pra ir em busca dos sonhos. Eu sempre sonhei em ir pra Holanda, mas nunca corri atrás, e vc é diferente. Vai atrás do que quer. Me inspira muito.

    Estou sempre por auqi!

    Bjos

    Iza

    http://meninaheadbanger.blogspot.com/

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  2. Oi Iza, obrigada pelo elogios.Que bom que vc gosta do meu blog, pode passar aqui e deixar seus comentários sempre que quiser, serão super bem vindos.

    Sim, eu corri atrás dos meus sonhos e continuo correndo até hoje, ainda não estou nem na metade do caminho pra realizá-los. Mas, como vc deve ter lido, a minha luta não tem sido um mar de rosas, mas são raras as pessoas que conquistam seus sonhos sem passar por perrengues, né? hehe

    Quanto ao ponto turístico, nós fomos numa segunda de manhã cedinho, por isso estava tão vazio. É verdade, só tinha a gente e o pessoal da escavação. Foi legal porque deu pra ver o trabalho deles tbm....

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